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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Limoeiro.

Eu queria ser um limoeiro para mudar o mundo. Sim, uma árvore que está "parada". Um limão na cachaça muda a história da noite, na comida as raspinhas verdes dão um toque gourmet deixando bonito e saboroso o prato, ele apenas com sal para as pessoas mostrarem suas caretas e rirem disso tudo, a torta com seu aroma salivante pode ser o doce preferido do futuro casal... O limoeiro, ele sabe que foi criado para esse dever em especial, fazer seus limões com a sua perfeição, não há pressão e nem pressa para deixar as frutas prontas. Por fim a certeza de que tudo isso vai acontecer por conta de sua criação. Eu quero ser um limoeiro.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

(8)

  Hoje, mais precisamente às 8:32 horas da noite, apesar de longe haver uma tempestade chegando, com seus raios e trovões enfurecidos, aprendi uma melodia viciante. Enquanto tocava, nada ali era real, coisa alguma parecia estar da forma que é, todos os meus sentidos foram desligados exceto a audição, aquele som nostálgico fazendo com que viesse à tona muita coisa que senti, sinto e posso sentir ainda. Qual o nome dessa sensação? Mesmo com os dedos ficando doloridos ao apertar as cordas do violão, eu não parei, estava aconchegante e fluindo muito bem, sem atrasos ou erros. No soar do violão encontrei pessoas, coisas, épocas, lugares... Mas deixei-os quando a Sol resolveu arrebentar e a tempestade resolveu chegar acabando com todo o lindo lar criado por cordas e memórias, as quais ainda pretendo voltar.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Encontrei a perda de um encontro perdido.

   Não consigo entender essa vontade de "grudar" no tempo, não querer ir e nem vir, ser o mais irresponsável possível, abandonar as regras, não ter hora e nem dar satisfações, apenas viver como bem entendo, virando um fracasso ou não, perante a sociedade que ama seu nojento status, nojento status (só pra ficar claro que eu odeio). Seria realmente bom, dane-se os direitos e deveres, só quero um lago, uma leve brisa e meu violão. Nada e nem ninguém que me incomodasse, ou forçasse a autoilusão. Não satisfeito eu vivo nesse paradoxo: quero um completo vazio e um vazio completo, desejo você longe perto de mim, para sentir saudades assassinadas e não essa saudade assassina que deixa um vazio vazio. Por não conseguir imaginar apenas uma trajetória com fracassos e sucessos, mas sim uma muito bem-sucedida e outra totalmente fracassada, é que a contradição reina. Se eu conseguisse imaginar apenas uma, certamente teria quem quisesse entender meus gestos esquisitos e eu os dela, entretanto as pessoas tem tanta pressa que mal conseguem querer, ou querem nos primeiros milésimos. Hoje vejo o quão impossível é achar aqueles laços leves firmes criados na calmaria afobada daqueles anos rápidos, estava em seus lentos milésimos contados. Por ser tão certo e errôneo, aparenta ser impossível de ser reproduzido... Só quero um lago, uma leve brisa e meu violão, para você ouvir o que tenho à dizer nas pausas das músicas.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

De gole em gole...

"Um golinho só não mata"; vicia, não só nos golinhos, mas se plorifera a coragem de estar onde não está, de ser o que não é, de viver feliz plenamente e ser o humano alfa. Por fim tomará consciência dos humores, e irá escolher qual é o humor de hoje e amanhã será o humor que aparecer, querendo sempre estar no "controle" da situação, afinal temos coragem, certo? A cada gole perdemos a sensatez que precisávamos, a cada trago perdemos nosso nervosismo necessário, onde ou quando terá fim o uso de catalizadores?
  Grato à família, que sem um oi, sentou-se à mesa do bar, e me revelou o princípio das pessoas corajosas covardes que há em abundância num planeta chamado Terra.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

vivo, vivem, não vivemos.

Vivo ... eu ... vivo como se sempre fosse o intruso. Morro... eu ... morro sempre que me sinto intruso.

  Por que em todos os lugares em que chego, não existe alguém na mesma situação que a minha? Sem uma história escrita com os vários protagonistas. Cada personagem da-se a entender que já tem seu rumo traçado, e se eu interferir criarei inimizades mútuas. Todos com hora marcada e muita pressa, qual a causa dessa ansiedade? Até quando vão correr para o vácuo de suas vidas? Será que pensarão em parar de construir prédios na areia?

terça-feira, 11 de março de 2014

Tudo muda igual.

  Me peguei hoje vendo umas mensagens muito antigas que havia recebido, e garanto que outras pessoas recebem o mesmo, e logo me vem essa pergunta:  "Será que podemos nos apaixonar inúmeras vezes da mesma calorosa forma?" ...  Se a pergunta for de resposta positiva, creio que os humanos fazem uma autoilusão, acham que coisas boas podem durar até o fim, e quando acaba, vem aquele sentimento de não saber para onde vai, até porque seu caminho todo foi traçado com alguma ou algumas pessoas.

  Humanos tem aquela coisa de "pra sempre", uns até dizem que "o pra sempre sempre acaba", mas acabam esquecendo desse detalhe. Podemos amar e desfrutar da vida sem prometer nada, ou achar que podemos ficar para sempre ali, tudo está em constante mudança e não há como deter. E logo vem aquelas tão conhecidas frases "homem não presta, são todos iguais" ou "mulher é tudo vadia, ninguém consegue entendê-las", só que ninguém é corajoso o suficiente para assumir que caiu no mundo da imaginação, de fato nem eu sou, porém de nada seriam os acertos sem os erros.

  Apesar de todo "bla bla bla" que já ouvi e que já disse, consigo ver o lado bom das coisas, se eu não tivesse sido um péssimo companheiro algumas vezes, talvez elas não estivessem tão felizes com eles, por mais que eu fique chateado com o que fiz à elas, creio que aprenderam algo comigo, eu sendo um exemplo bom ou ruim, eu sumindo ou sendo chiclete, eu são ou louco. Por ventura disso, não sei me relacionar mais dessa forma, tenho medo de acabar magoando outras pessoas, até nas paixões de elevador eu me sinto esquisito, sentir aquele frio na barriga nunca foi tão tenebroso. hahahahaha

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Tons raros.

Longe, mas bem longe eu avistava uma cor, que curiosamente tem a mesma tonalidade daquela cor. Aos poucos fui caminhando para entender se eram de mesma tonalidade, e são, mas oque há? Quando desconhecido parece um labirinto com quinhentos minotauros perambulando, e logo quando conheço e reconheço vejo que é como o despertar sonolento de domingo, não que seja fácil, mas depois de algumas frases se torna agradável. A cor tem som, uma melodia agradável aos meus ouvidos, um tom doce e forte onde embala-me numa calmaria, a mesma habilidade de olhar para cima e admirar o céu em qualquer hora, certos tiques causados pela ansiedade, que estranhamente gosto. São praticamente os mesmos gostos, a mesma qualidade cultural, conheço tão bem e tão pouco, mas o melhor de tudo é que se torna imprevisível, o fato de não conseguir saber qual é o próximo passo me intriga de uma forma imensa, felizmente não tenho mais aquela coisa de que é um sinal bla bla bla... Pela primeira vez na vida eu não quero ter, e sim conhecer, saber, aprender, ensinar... Mesmo muito novo, eu já conheci pessoas muito diferentes de cultura e iguais no resto, mas essas que denomino "Neves" são complicadas identificar, pois existem outras maquiadas à esse aspecto. Mas são o tipo de cor que se sobressai sem querer, apenas sendo o que são, acabam se destacando na multidão, tudo que é raro é denominado "ótimo", mas nesse caso é a combinação de qualidade com raridade, o que é surpreendente.